14/06/2020 - Por Marcello Loiacono
Nesta edição de 12 Toques com Loiacono, vamos conversar com um cara que é super importante para o Futebol de Mesa do Estado do Rio de Janeiro, Marcelo Lages Ramalhete tem 49 anos de idade, é advogado, e é um dos maiores incentivadores do nosso esporte.
12 Toques: Como conheceu o esporte federado, e em quais clubes jogou?
Lages: Através da Copa PLACAR realizada no Shopping Via Parque na Barra da Tijuca – RJ. Após esse evento, recebi convites para fazer parte a AMFM e ARFM optando por ficar na ARFM (Associação Rio de Futebol de Mesa), onde fiz inclusive parte da ATA DE FUNDAÇÃO. Então comecei como federado na ARFM em 1998/1999, passando posteriormente para ANFM (Associação Nilopolitana de Futebol de Mesa) em 2002 e finalmente o CR Vasco da Gama em 2003 onde permaneço até hoje, sendo o responsável pela criação do departamento no clube.
12 Toques: Qual o título mais importante?
Lages: Vamos falar apenas das conquistas relacionadas à modalidade 12 Toques. Essa pergunta é complicada demais, pois para mim todo o título é importante, mas vou citar 2 (dois) pelo Vasco e 1 (um) pelo Brasil que tiveram em sentimento especial. O Estadual de Equipes 2003 e o Mundial Interclubes de 2014 pelo Vasco. O primeiro por ter sido vital para o sucesso e continuidade do departamento no clube e o segundo por representar a chegada ao topo, ou seja, é como se a nossa frente estivesse uma montanha, um título significou o início da escalada e o outro a chegada ao seu cume, aquele momento em que você finca a bandeira e tem o sentimento de missão cumprida. Pelo Brasil foi o título Mundial de 2009, uma vez que, foi algo histórico para todos os presentes. Vale lembrar que eu acabei não jogando a competição individual de 12 toques, pois no mesmo momento, de forma surpreendente eu estava jogando as quartas de final da modalidade Sectorball. Na disputa entre seleções, o saudoso Prof. De Franco me escalou para a semifinal contra a Romênia e a final contra a Hungria, naquele momento, ter adversários de outras nacionalidades nas mesas foi algo inédito e diferente, venci meus jogos, e ter participado do primeiro título mundial do Brasil em nossa modalidade foi inesquecível.
12 Toques: E o título mais difícil?
Lages: Vou citar a Copa do Brasil Máster de 2007 em Blumenau, por uma série de fatores, nenhum atleta do Rio de Janeiro havia vencido até então, a dificuldade em manter a liderança durante toda a competição por pontos corridos e principalmente a qualidade dos adversários. Lembro que faltando poucas rodadas, estava em uma partida de vários gols com o Joaquim de Alagoas, e ele empatou já no finalzinho do jogo, mas com um gol daqueles de abalar qualquer um, ele chutou de longe e a bola bateu goleiro, no rebote o botão dele vinha capotando e acertou a bola no ar, meio que de bicicleta e jogou ela na gaveta, o botão caiu de cabeça para baixo na mesa e ele falou, quer ver como foi o Dadá Maravilha, dito e feito. Aquele empate permitiria o Almo me ultrapassar na classificação, dei uma saída rápida de 3 toques apenas e pedi para gol com o Romário 11, fiz o gol e voltei a vencer, quando iríamos arrumar os times o jogo acabou. Depois eu viria a ser campeão com uma rodada de antecedência, pois no penúltimo jogo eu enfrentei o Almo que era o meu concorrente direto e venci, abrindo 4 pts de vantagem.
12 Toques: Qual ou quais Botonistas você admira?
Lages: Cara que pergunta complicada de responder, pois são vários aspectos envolvidos e admiro muitos além da lista que vou citar abaixo. Primeiramente vou eliminar da resposta todos os Botonistas do Vasco, bem como, aqueles que passaram pelo clube, pois sou suspeito para falar deles (como ficará claro na resposta posterior). Mantendo a coerência vamos falar apenas de Botonistas da 12 Toques e vou dividir em Adulto, Master e Internacionais:
Adultos: Cássio - Jefferson Genta - Michilin – Quinho – Robertinho – Tadeu Sanchis.
Master: Éder - Fernando Gradowski - Mura – Nilson – Schumacher – Reynaldo
Internacionais: Carolina Villarigues (POR) - Levente Kiss (HUN) - Martonfi (ROM) – Murcilli (ARG) - Perroti (ITA) - Tanaka (Japão).
12 Toques: Forme um time com 6 Botonistas.
Lages: Vou formar 2 (dois), um no Adulto e outro no Master, tá valendo?
Adulto: Dudu Costa, Ednilson, Felipe, Igor, Nando e Victor H.
Master: Bad, Fred, Marcelo Lages, M. Antônio, Ramos e Rodolfo.
12 Toques: Quem é seu freguês?
Lages: Essa é fácil!! João Paulo, carinhosamente apelidado de “Paraíba”, tenho 100% de aproveitamento contra ele (risos). Não tenho todos os meus jogos anotados como o Michi, mas comecei a fazer meu Scout a partir de 2007, tendo uma boa lista de nomes que tenho 100% de aproveitamento, mas o Papa foi o escolhido para estar aqui, até mesmo pela amizade e brincadeira recíproca. No Brasileiro de Botucatu, conheci o PAPA em uma discussão com o Christopher no hotel, em que ambos brigavam pela legitimidade do título de 87, quando ele me perguntou o meu grupo do dia seguinte, o BR já estava na fase final em grupos de 4, passei os nomes, sendo que um deles eu não conhecia, era o Humberto (Securão), daí a PAPA falou que uma vaga era do Securão e os outros 3 Botonistas iriam brigar pela vaga restante. Falei para ele que o Securão não iria classificar, embora naquele momento eu nunca tivesse jogado contra ele, mas, pelos nomes que estavam no grupo eu não via o representante nordestino como favorito a classificação. Fizemos uma aposta envolvendo o meu jogo, e no dia seguinte bem cedo (Master joga na parte da manhã) lá estava o PAPA ao lado da mesa para acompanhar o meu jogo contra o H. Securão, que terminou o primeiro tempo em vantagem e o Papa já estava esfregando as mãos, só que no segundo tempo virei o jogo e venci. Ao final das 3 rodadas do grupo o Humberto acabou eliminado e o PAPA perdeu a aposta. Desde então passei a conhecer essas duas figuras do nordeste que são pessoas da melhor qualidade.
12 Toques: E de quem você é freguês?
Lages: O Carlos Alberto, não sei se ainda está jogando no America. De vez em quando eu vencia algumas partidas, mas em regra ele saia vitorioso da mesa. O filme era sempre o mesmo. Ele ganhava a saída de bola, dava 3 toques e acertava um balaço de longa distância, depois acontecia de tudo, minha bola chegava a bater na trave 3 vezes no mesmo chute mas não entrava de forma alguma e as dele vinham sempre certeiras. Teve um fato curioso, em uma etapa no RJ ele estava no meu grupo e vinha fazendo pouquíssimos gols no campeonato, tinha acabado de ser goleado e feito apenas 1 gol no jogo anterior. Antes do nosso jogo começar eu chamei o Rodolfo (Vasco) que estava na mesa ao lado e falei para ele, quer ver como o C.A vai ganhar a saída de bola, a mesa anunciou a saída justamente em favor dele, Rodolfo já começou a rir, daí falei, quer ver como ele vai dar uma saída de 3 toques e pedir a gol com o número 12, vou preparar o goleiro e bola vai entrar exatamente no meio do gol pelo alto. Rodolfo virou e falou, crava o goleiro e fecha o canto de dentro, desta vez eu que comecei a rir, falei, eu já preparei o goleiro para ele de 1.000 formas diferentes, mas você vai ver, fiz exatamente o que ele falou, lógico que tomei o gol exatamente da forma que havia falado.
12 Toques: Equipes ou individual?
Lages: Equipes sem a menor dúvida, essa eu não vou precisar nem me alongar.
12 Toques: Argola ou fechado? Explique!
Lages: Eu jogava na época de garagem com times da Brianezi, no caso (fechado), quando passei a jogar como atleta federado, assim como a grande maioria, passei a jogar com time argola, passando em 2010 ou 2011 a jogar novamente com times fechados, em razão do surgimento dos “vitrines”, desde então tenho jogado com times fechados. Agora encomendei os primeiros times fechados com PIN. Sobre a pergunta Argola ou fechado, acho que é possível jogar de forma competitiva com ambos, não sei te dizer qual seria melhor, pois para mim, já fiz bons jogos e ganhei título tanto com argola como com botão fechado. Conclusão, como para mim é possível jogar com ambos, o time fechado vence essa batalha, pela estética e beleza. O time fechado permite aos artesãos um trabalho mais aprimorado, com a vantagem da inserção de PINS.
12 Toques: Jogo inesquecível?
Lages: 26/01/2003, Marcelo Lages (Vasco) 5 x 3 Celinho B. (Santos). Esse jogo marcou a estreia da equipe do Vasco da Gama, foi a primeira vez que joguei com a camisa do meu clube de coração. Isso era algo que jamais eu poderia imaginar quando jogava botão na garagem lá de casa e até mesmo quando comecei jogando federado na ARFM. Não vou dizer que foi a realização de um sonho, pois simplesmente isso era algo inimaginável, mas sem dúvidas foi um jogo inesquecível, ainda mais por eu ter vencido essa partida e no final o Vasco ter vencido o confronto. Lembro que após o jogo, fomos direto para São Januário com a taça, o Vasco enfrentou neste mesmo dia o Botafogo (essa foi uma das razões para a partida ter sido realizada no Vasco-Barra) e fomos recebidos na sala da presidência pelo falecido Eurico Miranda, que ficou inclusive com uma medalha do confronto, sendo a Taça a primeira entregue formalmente ao clube.
12 Toques: Um gol inesquecível?
Lages: Seguindo na linha na modalidade 12 Toques, foi quando conquistei um dos estaduais do Rio de Janeiro, se não me engano o de 2008. A partida foi contra o Dudu (Vasco). A bola estava na intermediária de ataque e eu chutei com um botão da defesa que estava posicionado próximo a minha grande área defensiva, na trajetória ele passou milimetricamente entre alguns botões adversários, pegou em cheio na bola que depois entrou na gaveta. O jogo estava acabando e eu precisava daquele gol para seguir vivo no mata-mata que me levaria ao título. Foi um gol meio que de desafio. Acredito que acertei devido a estar jogando Disco na época.
12 Toques: E a viagem mais louca que você fez para ir jogar?
Lages: Foram várias que ficaram marcadas, principalmente as viagens para os mundiais na Europa, com destaque para o Mundial de 2014, foram dias incríveis, que simplesmente seria impossível relatar nesta resposta, pois viraria um livro, desde o aniversário do Rodolfo no voo, onde infernizamos um francês que estava sentado a nossa frente, bem como, das frescuras do Igor com a alimentação em Budapeste e a história de estarmos viajando de madrugada em uma auto estrada e no rodízio de motorista, entregamos o carro ao Igor e pegamos no sono, acordamos caindo em uma cratera de uma estrada em construção no meio do nada, susto medonho e o Igor simplesmente falou que “achava que estava na estrada errada”, ou seja, deixamos o cara tipo na Dutra ligando RJ-SP e o cara consegue se enfiar em una estrada em construção onde não tinha mais ninguém, só a gente! Mas essa viagem está entre as melhores, como a pergunta é a mais louca, vamos regressar até 2010, quando eu, Igor e Bad (só faltou a Vechia/Rodolfo) viajamos para jogar em Cambé no Paraná. Fomos de carro (983 Km) e tudo corria bem até o Bad avistar um posto de gasolina bem mequetrefe, daqueles sem bandeira, com um preço de combustível bem abaixo dos demais. Acreditem, a BADINHA conseguiu nos convencer a abastecer. Seguimos viagem, mas por pouco tempo, o carro simplesmente foi perdendo a força e morreu. Ficamos parados de madrugada no meio do nada, em uma estrada sem iluminação e naquele horário não passava sequer um carro pela gente. Ficamos ali parados mais ou menos uns 30 minutos, pois nem sinal tinha nos aparelhos celulares. Depois de algum tempo avistamos um carro se aproximando, não sabíamos se pedíamos ajuda ou nos escondíamos no mato, para nossa sorte era um carro da polícia. Após sermos revistados e comprovar toda a documentação, os policiais se propuseram ajudar, falaram que enviariam um reboque. Ficamos ali esperando por quase 1 hora até que chegou um reboque, detalhe, nesse período não passou mais ninguém na estrada. O cara do reboque perguntou para onde levaríamos o carro e falamos Cambé. Na mesma hora ele se recusou e falou que levaria somente até a próxima cidade. Assim foi feito, pelo menos ele nos deixou em um local onde os celulares voltaram a ter sinal, ficamos em um bar onde tinham uma galera bebendo e tinha uma mesa de sinuca. Conseguimos entrar em contato com a seguradora que ficou de enviar o reboque, desta feita demorou quase 2 horas. Antes de sair, ainda derramamos sem querer a bebida na mesa de sinuca. Enfim, após mais 01:30h de viagem sendo rebocados, chegamos em Cambé. No dia seguinte o carro foi reparado e o diagnóstico foi “COMBUSTÍVEL ADULTERADO”.
12 Toques: Qual a sua rotina de treinamentos?
Lages: Eu tenho um problema sério com treinamento, na verdade não gosto de treinar, gosto de competir, para mim o jogo tem que estar valendo alguma coisa. No Vasco, os treinos animados sempre estavam valendo algo, tipo os perdedores pagavam o lanche ou a picanha. Já treinei bem e na competição fui mal, como também já fui para competição sem treinar absolutamente nada e fui campeão. Na Copa do Brasil de 2007 em Blumenau quando fui jogar a primeira partida descobri que não estava com minha palheta, pois havia jogado anteriormente um campeonato da modalidade Pastilha e a palheta tinha ficado na caixa do time de Pastilha, na ocasião o Orlando me emprestou uma palheta, venci os 7 jogos da primeira fase, classifiquei para a Ouro e liderei a competição até chegar ao título com uma rodada de antecedência, ou seja, não havia treinado e estava com uma palheta que nunca havia jogado antes.
12 Toques: Qual a dica que você dá para a molecada iniciante?
Lages: Não desistir jamais, apesar das dificuldades iniciais, procurar encontrar a emoção do jogo e almejar chegar ao ponto mais alto do pódio, pois para tudo na vida é preciso ter um objetivo final, e traçar um planejamento para que este objetivo seja concretizado.
12 Toques: O quê você tem feito pelo esporte?
Lages: Eu participei de certa forma na formação de 3 (três) Departamentos, a ARFM (de uma forma menos relevante), ANFM e CR Vasco da Gama (como responsável direto pela fundação), quem sabe, possa estar participando da formação de um 4 (quarto) Departamento. Atualmente tenho me dedicado mais a expansão e melhoria das competições internacionais. Estruturar e consolidar a modalidade 12 Toques em Portugal também é um objetivo, bem como, buscar uma fusão da ISBF com a FISTF, caso isso não ocorra, buscar algumas alterações na ISBF, como por exemplo, ser a mesma renomeada e trabalhar para que a mesma exerça um papel mais atuante, uma espécie de “FIFA” para nossa modalidade.
12 Toques: Tem preferência por fabricantes? Joga com time feito por quem?
Lages: Não tenho preferência por fabricantes, tenho times do falecido Sr. Lourival, do Edu, Pexe, Roberto e do Frandian, alguns goleiros feitos pelo Marco Aurélio, enfim, estou aguardando desconto (risos) para ter um time da RB. Mas vejo times muito bonitos feitos por fabricantes diversos, que são bastante elogiados pela qualidade de seus trabalhos, já ouvi falar muito bem também dos times do André Rafael, Rony e do Renato Borges, mas ainda não tive a oportunidade de jogar com um time deles.
12 Toques: Liste seus principais títulos:
Lages: Apesar de não ser um craque de nosso esporte, sou um Botonista competitivo e que consegue manter um bom desempenho independente da modalidade, como já joguei oficialmente todas as modalidades reconhecidas pela CBFM, acabei Individualmente vencendo mais de 10 estaduais, alguns brasileiros, sul-americanos e até mesmo um mundialito, tenho ainda algumas conquistas relevantes em duplas e um bom currículo em equipes/seleções, mas mantendo o foco apenas na modalidade 12 Toques, cito as seguintes:
MODALIDADE BOLA 12 TOQUES:
Individuais: Todos jogando pelo CR Vasco da Gama
Campeão da Copa do Brasil Master Ouro 2007
Vice-Campeão Brasileiro Master OURO – 2012-2016
Campeão Brasileiro Master PRATA – 2017
Bicampeão Estadual Master – 2008 – 2010
Equipes: Todas as conquistas jogando pelo CR Vasco da Gama
Bicampeão Mundial Interclubes (2014 – 2018) *Em 2014 jogando toda a campanha.
Tetracampeão Sulamericano (2012-2013-2016-2018), *Apenas em 2018 não joguei toda a companha.
Tetracampeão Brasileiro Master (2012-2013-2014-2016)
Campeão do Torneio RJxSP Master (2015)
Bicampeão da Taça Interestadual (2003-2005)
Campeão da Taça Interestadual Master (2010)
Tetracampeão Estadual Master (2014-2015-2016-2017)
Hexacampeão Estadual (2003-2006-2007-2008-2009-2017)
Tetracampeão da Copa FEFUMERJ (2003-2005-2007-2008)
Seleções: Brasil e Rio de Janeiro
Cito os títulos mundiais de 2009 (joguei a semifinal e final) e 2015 (joguei uma partida na fase de grupos e a final), apesar de ter participado das conquistas de 2012 e 2018, sendo Tetracampeão Mundial.
Dentre os Sulamericanos, vou citar como principal o de 2012, pois joguei toda a competição.
Bicampeão do Torneio RJxSP (2017-2018)
12 Toques: Você tem algum outro hobby além do Futebol de Mesa? Conte um pouco sobre isso.
Lages: Tocar Guitarra, infelizmente minhas duas guitarras estão no Brasil, toda vez que vou ao Rio penso em trazer ao menos uma, mas acabo desistindo. Antes de entrar para a Universidade, tocava em uma banda de rock, chegamos a ter contrato com uma gravadora e um disco ainda em vinil. Antes, nós tocávamos nas festas americanas, festas da escola, clubes, era bem divertido. Depois com a gravadora a coisa foi ficando mais séria, tocamos no GRES Beija-Flor lotada abrindo o show do João Penca, na Rio-Sampa e até na TV, na extinta Manchete. Ocorreu, que na banda somente um integrante era maior de idade na época, eu tinha apenas 17 anos. Certa vez a gravadora fechou para tocarmos no interior de Minas Gerais, não lembro agora se era em Tiradentes ou em Ouro Preto, isso complicou, pois alguns tinham prova e eu estava começando o primeiro período na faculdade. Tivemos que optar em estudar ou tentar a sorte na música. Acabamos por optar pelo estudo, decisão essa que obviamente teve certa influência dos pais, e no final, a minha conclusão é que como guitarrista sou um bom advogado.
12 Toques: Deixe suas considerações finais:
Lages: Deixo registrado nessas considerações que através do Futebol de Mesa fiz grandes amizades que certamente serão para a vida toda. As competições, os títulos, as derrotas, as viagens, os clubes que tive a oportunidade de conhecer, enfim, só tenho a agradecer pelo dia em que passei pelo Shopping Via Parque e decidi participar daquela competição que deu o start a todo esse nosso mundo do Futebol de Mesa. Entre erros e acertos, espero ter contribuído para o engrandecimento do esporte de alguma forma, enfim, vamos seguir escrevendo as páginas do esporte para termos mais histórias para contar no futuro.
Que trajetória vitoriosa no esporte e na vida essa do Marcelo Lages e que belo trabalho internacional ele vem fazendo! Gostei da história da gasolina batizada; culpa do Bad kkkkk enfim, Lages acaba sendo um caso de sucesso a ser seguido por botonistas em todo o mundo. Bela expertise!