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12 Toques com Farah

13/05/2020 - Por Marcello Loiacono

Nesta Edição de 12 Toques com Loiacono, vamos conversar com o Presidente da Federação Paulista de Futebol de Mesa, José Jorge Farah Neto, que tem 62 anos de idade, é jornalista e gestor desportivo.

12 Toques: Como conheceu o esporte federado, e em quais clubes jogou? Farah: Em 1980 comecei os primeiros contatos com o esporte pois eu jogava botão desde 1962, porém brincava em casa com botões de casacos e lúdicos, conheci o Guilherme Biscasse o proprietário da Cracke’s que me apresentou a muitos dos “craques” do futebol de mesa, muitos já começavam a jogar com acrílico, em 1982 conheci Wanderlei, Antonio Carlos, Dellatorre, Atienza, Muradian, Tati, Renan, Primo, De Franco, e muito outros que me perdoem não citar todos... Depois vieram Lorival, Lito, Eliahou, Flavio Pereira, Gersino, Jardim, nossa e muitos outros mais, meu primeiro clube “profissional” foi o Paulistano Futebol de Mesa, clube do saudoso Professor De Franco, aonde me sagrei Vice Campeão Paulista e posteriormente Campeão Paulista, quando por diversos motivos disputa seu último ano, passamos todos de lá para o Clube Atlético Indiano, porém, treinávamos na sede do Sindicato dos Professores por um acordo do Atienza com eles e também por ser mais central, as partidas eram mandadas no CA Indiano, em certa ocasião o CAI decide que para jogar no clube teríamos que ficar sócios, como não tinha interesse e queria desenvolver o esporte, sai de lá e fui fundar o Clube Atlético Juventus, o primeiro antes do Elias refunda-lo posteriormente, ficamos lá por um tempo, neste ínterim o Professor De Franco me convidou a ajuda-lo na gestão da FPFM em 1993/1994 aonde ocupei a Vice Presidência e por motivo da saída do De Franco pouco antes do final do mandato cheguei a ocupar por pouco tempo a presidência preenchendo a lacuna deixada, posteriormente, como atleta fui para o Círculo Militar, aonde ajudei a montar a equipe que foi inúmeras vezes campeã paulista, fiquei lá por muitos anos, em 2006 resolvi que poderia dar muito mais ao esporte e com apoio dos clubes fui candidato a presidente da FPFM cargo este que ocupei até 2014, e retornei também a pedido dos clubes em 2016, como atleta por convite do professor De Franco e do querido amigo Cincotto, em 2010 fui para o Cisplatina FC clube recém criado, e que me recebeu de braços abertos, como era presidente da FPFM desde 2007, levamos a sede para uma sala dentro do clube, aonde estamos praticando o esporte que tanto amo até hoje.

Paulistano - 1988

12 Toques: Qual o título mais importante? Farah: Fui campeão paulista de clubes por inúmeras vezes por equipes, cheguei a ganhar alguns abertos em suas diversas categorias, porém o mais importante foi a Copa do Brasil de máster que venci em 1997 no Clube Atlético Indiano a época era atleta do Círculo Militar.

Campeão da Copa do Brasil 1997

12 Toques: E o título mais difícil? Farah: Com Certeza este que citei de 1997, pois o adversário era o campionissimo Nilson de Souza Rodrigues, pai do também craque Robertinho do Paraná, dois dos maiores atletas de futebol de mesa de todos os tempos

12 Toques: Qual ou quais Botonistas você admira? Farah: Gosto de muitos, porém, os dois maiores que vi jogar foram, Guilherme Biscasse com tampas de relógio e Rubinho Cintra com acrílico, mas cito facilmente muitos, Jefferson Genta pelo tempo que está e ocupa entre os melhores, Harutiun Muradian por todas as dificuldades físicas e mesmo assim joga magistralmente, tivemos o Laguna que treinado foi um monstro nas mesas, Mauro Michilin um grandíssimo atleta, campionissimo também, o querido Quinho Zucatto que vi crescer... E muitos outros.

12 Toques: Qual Botonista você seria se pudesse ser outra pessoa? Farah: Como botonista, prefiro ser quem sou, sem desmerecer ninguém, nunca fui craque mas sempre cumpri meu papel.

Hungria - Seleção

12 Toques: Quem é seu freguês? Farah: Ah já não me recordo, mas tinha alguns atletas que eu tinha mais facilidades ao enfrentar, porém, também tem muitos que tenho enormes dificuldades na mesa e muito raramente ou quase nunca os venço, muito mais por culpa minha que por qualquer outro motivo, quando se coloca na cabeça, ih lá vem ele novamente, dificilmente você vai vencer este adversário.

12 Toques: E de quem você é freguês? Farah: Como disse muitos, não vou citar todos, são muitos, mas atualmente só para citar um, o Bruno Varoli é uma “casca”...

12 Toques: Equipes ou individual? Farah: Sempre individualmente, o jogo por equipes é muito diferente, você tem auxilio muito grande de seus pares, sempre um parceiro lhe dá uma dica que te possibilita vencer mesmo que seja um dos seus adversários mais difíceis.

Farah e Atienza

12 Toques: Argola ou fechado? Explique! Farah: Confesso que me é indiferente, o time tem que ter a minha mão, a minha consciência, ele tem que ser um complemento de mim, preciso gostar de jogar com aquele time, indistintamente de seu formato, minhas medidas desde 1997 são grau 26 e altura 4,2, mesmo com as mudanças de bolas que já houveram, eu nuca mudei. Tenho muitos times porém a sua grande maioria tem esta medida, principalmente com os que jogo.

Cisplatina

12 Toques: Jogo inesquecível? Farah: Uma partida contra o Mauro em uma final de aberto em São José do Rio Preto, disputa da série ouro, eu vinha com uma campanha incrível, vencendo todas as partidas e ao final de cada fase eu dizia, Mauro quero você na final, e riamos, pois logicamente era uma brincadeira entre amigos, e a partida final foi contra o Mauro, jogo duríssimo, 2x2 no placar, saída minha no segundo tempo, fiz o gol, ele errou na saída deste gol, eu tive na minha mão a chance de abrir os dois gols necessários para me tranquilizar, tremi, perdi o gol, ele perdeu novamente o ataque, eu pela segunda vez tive a chance, tornei errar, aí Mauro não errava três seguidas, empatou o jogo e virou, eu só fiz cumprimentá-lo ao final, feliz por ter jogado bem e ter sido um bom adversário.

Brasileiro

12 Toques: Um gol inesquecível? Farah: Muitos, sempre fui apaixonado por gols difíceis, com o botão distante da bola, em situações complicadas, ou jogadas surpreendentes, mas creio que o gol da vitória sobre o Nilson foi o mais difícil, pois eu havia ficado muito nervoso, durante o jogo pedi um tempo, para respirar, pois estava extremamente emocionado, o jogo estava difícil eu estava à frente no placar dois gols e o Nilson como grande jogador empatou a partida, nossa eu tremia muito, me acalmei vim devagar para o ataque coisa que nunca foi do meu feitio, pedi a gol e calmamente fiz o gol, vibrei demais, ai ele ficou nervoso e veio na saída pediu a gol, porém a bola não estava favorável naquele chute, meu goleiro defendeu a bola correu para meu atacante no meio de campo, dei um, dois toques e pedi pro gol, bem ao meu estilo, chutei, entrou no ângulo, que golaço, vibrei muito, assim ganhei a partida. 12 Toques: E a viagem mais louca que você fez pra ir jogar? Farah: Confesso que nunca tive viagens loucas para jogar, hoje em minha cabeça ocupam apenas as viagens para coordenar os eventos, fiz muitas, foram sempre deliciosas, não tenho mais saúde e nem paciência procuro ir sempre que posso, mas confesso que não tenho nenhuma assim como você me questiona.

Farah e Julinho

12 Toques: Qual a sua rotina de treinos? Farah: Treino muito pouco, somente quando tenho tempo e brincando com meus amigos de clube, a muito não jogo nada oficial, para mim é muito difícil, não consigo jogar sem prestar atenção se tudo está andando bem e corretamente.

12 Toques: Qual a dica que você dá para a molecada iniciante? Farah: Muita vontade, paciência e treinamento que é fundamental. O Futebol de Mesa é um esporte de muita precisão, é necessário muita dedicação, mente tranquila, respiração correta e muita concentração. Respeito pelo adversário e atenção no jogo, principalmente.

Farah e De Franco

12 Toques: O que já fez pelo Futebol de Mesa? Farah: Muito, falo com muito orgulho, tenho 12 anos de experiência em gestão do esporte, já fui de tudo dentro das entidades do esporte que participei e principalmente do futebol de mesa, hoje ocupo a presidência da FPFM e a CBFM VP modalidade 12 toques, criei muitas coisas, mudei fórmulas de campeonatos, terminei todos aqueles que demos início, sem problema algum, procurei fazer sempre que os atletas e os clubes fossem atendidos da melhor forma possível, aprendi muito com Botonistas, escuto muito as opiniões, tenho certeza que conheço o esporte como poucos, seja na mesa como fora delas, tenho o respeito de muitos Botonistas, logico que alguns não gostam da gestão, por este ou aquele motivo, mas digo com orgulho não tenho inimigos, isso tenho certeza, tenho contrapontos de um ou de outro, isto é muito salutar, pois aonde há unanimidade não há crescimento (minha opinião), nunca fui e nunca serei dono da verdade, ouço as opiniões, e na medida do possível as aplico, tenho algo que considero bom, não olho para o esporte como um único clube, olho sempre pensando no todo, prefiro ser criticado por ter feito do que por não ter feito, na medida do possível faço o que posso, logico, agradeço muito todos que participam, direta ou indiretamente das gestões, hoje tenho por obrigação e por carinho agradecer: Elvio, Vinicius Ramalho, Vinicius De Simone, Isaias de Lana (nosso querido Tele), e muitos outros que não vou citar por receio de esquecer alguém, mas deixo aqui meu muito obrigado, por tudo.

Confraternização no Cisplatina

12 Toques: Tem preferência por fabricantes? Joga com time feito por quem? Farah: O saudoso mestre Lorival Lima. Um monstro, tenho muitos times feitos por ele, fazia exatamente o que eu pedia, mas respeito todos os outros, hoje confesso que conheço pouco do trabalho dos novos, mas posso citar sem medo de errar, o Edu e o saudoso seu Marcelino, o Pexe, o PRP, entre outros, nas bolinhas o Antonio e o Sergio, nas traves o PRP, nas mesas o Luis Carlos da Olliver, e muitos outros, sempre agradecendo em tudo que me ajudaram e ainda ajudam, deixo aqui meus cumprimentos e um grande abraço a todos os Botonistas do Brasil. Jogo hoje com um time do Pexe e um do Lorival. 12 Toques: Quais são seus principais títulos no Futebol de Mesa? Farah: Campeão Paulista por equipes pelo Paulistano em 1986; Octacampeão Paulista pelo Círculo Militar – 1996/1997/2000/2001//2002/2004/2005/2006... Individual... Abertos – não sei dizer datas mas foram uns 3 ou 4 em categorias, prata e bronze, nunca ganhei um principal... único no principal foi um vice... Copa do Brasil Master – Campeão em 2007.

Turma do Círculo Militar em Curitiba

12 Toques: Deixe suas considerações finais: Farah: Muito bom abrir espaço para que se conheça um pouco dos praticantes atuais e antigos do nosso esporte, vale muito a pena, parabéns por sua iniciativa, eu por muito tempo fui proprietário e editor chefe do site FUTEBOLDEMESANEWS, tenho muito material desta época, filmagens inclusive, este site foi o grande responsável pelos primeiros passos na difusão do esporte seja dentro do pais, assim como fora dele, fomos para a Hungria difundir o 12 toques entre outras coisas, também me proporcionou conhecer e integrar o pais todo, a época juntamente com o Glenn Douglas o “Pezão”, o Edu Toscano e o Duda, fizemos uma integração por todo o Brasil, muito bom, responsável em ajudar muito o crescimento do esporte.


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