02/05/2020 - Por Marcello Loiacono
Nesta edição de 12 Toques com Loiacono, conversamos com o Marquinhos. Marcus Vinícius Constantino tem 33 anos de idade e é Designer de Interiores, além de ser um dos craques do nosso esporte.
12 Toques: Como conheceu o esporte federado, e em quais clubes jogou? Marquinhos: Sempre joguei em campeonatos de bairro e em 1998 conheci a Associação Friburguense de Futebol de Mesa, onde sou parceiro até hoje. Fiquei um tempo afastado por motivos alheios a minha vontade mas em 2005 o Fernando Cruz me pediu que fizesse parte da equipe que iria disputar o Estadual da modalidade Pastilha e no fim acabamos campeões estaduais. Foi ai que precisei me federar e naquela época ainda não tínhamos firmado a parceria com o Friburguense. Depois de bons resultados a equipe do Vasco me convidou já pro ano seguinte quando então fiquei até 2009. No ano de 2010 fui convidado pelo Fluminense, meu clube de coração, e resolvi deixar o Vasco, algo que não foi fácil devido as grandes amizades que fiz lá, mas era o Fluminense... (risos). A experiencia foi única, mas como na época meu foco era a Pastilha, resolvi voltar ao Vasco, clube onde eu havia vencido 6 de 8 estaduais disputados. No entanto, o pessoal de Nova Friburgo como Christofer, Pablo e cia haviam começado a equipe de 12 toques neste mesmo 2011 e me chamaram pra ajudá-los na montagem da mesma. Sendo assim de 2012 pra cá estamos juntos.
12 Toques: Qual o título mais importante? Marquinhos: Todo título é importante né, mas acho que nossa Taça Guanabara de clubes em 2013 foi um grande marco pra equipe do Friburguense. Foi ali que percebemos ser possível vencer, pois até então nos considerávamos "azarões". Acho que esse deve até ser consenso da galera aqui. 12 Toques: E o título mais difícil? Marquinhos: O título acima foi bem difícil, pois teve jogo que empatamos na ultima bola, etc. Mas eu acho que o estadual individual que venci em 2018 foi difícil demais, pois naquela final (éramos 12) eu joguei contra nada mais, nada menos que Thiago Penna, Ednilson, Victor, Nando, Christofer, Alessandro, Felipinho, Pablo, Igor Quintaes e Marcos Antunes - o Marquinhos genérico... (risos). Foi um campeonato jogado no sistema de pontos corridos e consegui vencê-lo com 1 rodada de antecedência. Isso tudo depois de termos jogado outras 6 etapas dificílimas, no qual me classifiquei em segundo lugar. 12 Toques: Qual ou quais Botonistas você admira? Marquinos: Ihh rapaz, esse número é bem grande. Nomes como Quinho, Jefferson, Robertinho, Nando, Christofer, Victor, Ednílson, Lucas, Thiago Penna, Faccio, Michillin, Marcell Romero dentre outros. Tem muito jogador excelente nesse Brasil! 12 Toques: Qual Botonista você seria se pudesse ser outra pessoa? Marquinhos: Na verdade eu acho que uma mescla dos craques supracitados seria ótimo. Mas se eu tivesse que escolher uma única pessoa, essa seria o Quinho, e acho que nem preciso explicar os motivos.
12 Toques: Quem é seu freguês? Marquinhos: Têm alguns caras que preciso entregar a carteirinha... (risos). Mas existem três que são muito fregueses, ou seja, Pabinho (Friburguense), Felipinho (Vasco) e Igor (Vasco). 12 Toques: E de quem você é freguês? Marquinhos: Eu sempre tive uma boa disputa com todos os jogadores dos quais já joguei. Mas acho que por ter perdido duas semifinais de brasileiro e um confronto com mais derrotas e empates do que vitórias, eu diria o Quinho. 12 Toques: Equipes ou individual? Marquinhos: Com toda certeza Equipes. É um campeonato muito mais gostoso de jogar. 12 Toques: Argola ou fechado? Explique! Marquinhos: Acho que essa eu nem preciso responder né... (risos). Fechado e com PIN! Eu sempre gostei de desenhar times, fazer artes, etc, e o Nando sempre foi meu parceiro nessas coisas. No entanto eu olhava admirado para os times de Dadinho devido a sua enorme beleza. Numa noite eu e Nando estávamos conversando sobre isso e resolvemos que dali em diante nós iriamos investir em times fechados com pin. Não poderia ter dado mais certo e parece que o mercado de botões revolucionou. Eu mesmo estou com 12 times e pretendo chegar a 30 ao final do ano. Além de gostar da beleza deles, adoro jogar com esses botões pois tenho muito mais prazer jogando com times bonitos.
12 Toques: Jogo inesquecível? Marquinhos: Esse jogo inesquecível aconteceu muito antes de eu me federar. Eu jogava 12 toques na casa do Márcio (amigo de equipe e pessoa que me apresentou a regra) e estava numa final com o então cunhado dele. Faltando pouco mais de 6 minutos pra acabar o jogo eu estava perdendo por 5x2 e consegui uma virada absurda vencendo o campeonato. 12 Toques: Um gol inesquecível? Marquinhos: Na verdade são dois gols inesquecíveis pra mim. O primeiro aconteceu em 2013 na disputa de clubes entre Friburguense x Ginástico. Foi na ultima rodada e eu tinha o último chute que aliás estava numa condição muito, mas muito ruim. Se eu fizesse o jogo empataria, e nós teríamos condições de brigar pelo título. Isso acabou acontecendo e mais tarde seríamos campeões. O segundo gol foi no Estadual individual de 2014. Brigávamos eu e Felipinho pelo título e quis o destino que nós nos confrontássemos nas quartas de final daquela etapa. Eu tinha a vantagem do empate e o jogo estava muito disputado até que eu errei a bola pra empatar e ele só precisava gastar o tempo. No entanto, ele ficara nervoso e acabou chutando muito rápido. Cara, só deu tempo de dar dois toques na bola e pedir pro gol. O sino tocou e depois de muito respirar eu acabei fazendo o gol e conseguindo meu primeiro título estadual individual na modalidade 12 toques.
12 Toques: E a viagem mais louca que você fez para ir jogar? Marquinhos: Essa sem dúvida alguma foi em 2016 quando viajamos de carro até Goiânia afim de disputar o Brasileiro de clubes daquele ano. Isso tudo porque nosso amigo Christofer errou o aeroporto. Quem não se lembra do meme "Galeão ou Santos Dumont"? Pois é bicho, só gostando muito desse esporte pra enfrentar mais de 16 horas de carro depois de ter perdido um voo pago pela nossa patrocinadora e eu de fato sou um apaixonado.
PRINCIPAIS TÍTULOS:
Bicampeão Individual Estadual - 2014/2016;
Hexacampeão Estadual por Equipes - 2006/07/08/09/15/16;
Bicampeão Brasileiro Série Prata por Equipes - 2009/2018
Bicampeão Mundial Seleções - 2015/2018;
Tricampeão Sul-americano Seleções - 2014/15 e 2018;
Campeão Rio/São Paulo de Equipes - 2016.
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